quarta-feira, 18 de abril de 2012

Rinossinusite



   A rinossinusite pode ser definida como inflamação da mucosa de revestimento das cavidades nasais e seios paranasais.
    Os sintomas e sinais encontrados são dor na arcada dentária superior e pressão facial, congestão e obstrução nasal, secreção purulenta nasal e em rinofaringe, diminuição do olfato, febre, cefaléia, halitose, fadiga, otalgia, tosse e irritação na garganta. Destes, os mais freqüentes são a obstrução, secreção nasal e dor facial.
    Devido à estreita relação anatômica entre os seios paranasais, a órbita e a base do crânio, em qualquer fase da infecção rinossinusal, a doença pode ultrapassar os limites anatômicos dos seios paranasais e causar complicações orbitárias (edema periorbitário, celulite periorbitária, abscesso subperiostal, abscesso intra-
orbitário, trombose de seio cavernoso) e cerebrais (meningite, abscesso extradural, abscesso subdural, abscesso intraparenquimatoso). E podemos entender essas complicações, por exemplo, quando olhamos uma tomografia e vemos a relação entre as células etmoidais e a órbita.
    O diagnóstico da rinossinusite aguda é eminentemente clínico,  baseado na anamnese e exame físico.              Como critérios para diagnóstico temos: dois dos sintomas descritos acima mais edema de meato médio ou secreção no meato médio ou pólipo no meato médio.
     A radiografia simples dos seios paranasais não deve ser solicitada rotineiramente, apenas nos casos de dúvida diagnóstica. Não conseguimos com o exame fazer correlação entre este método diagnóstico e a evolução clínica dos pacientes, pois não avalia as estruturas do complexo ostiomeatal, e as estreitas comunicações dos seios paranasais com as cavidades nasais, como o infundíbulo etmoidal e o recesso frontal. Quando realizado, o paciente deve estar em posição ortostática para se ver nível hidroaéreo. 
     A tomografia  é o exame de escolha para avaliação nos casos que não evoluem bem após tratamento adequado, nos casos de rinossinusites crônicas ou recorrentes, e ainda na suspeita de complicações da rinossinusite aguda (única indicação de realização do exame durante a fase aguda). Deve ser realizada preferencialmente de quatro a seis semanas após o tratamento medicamentoso adequado, já que a presença de secreção abundante e o edema de mucosa prejudicam a avaliação detalhada das alterações anatômicas que podem estar associadas a presença de sintomas crônicos ou recorrentes. Nos casos de indicação cirúrgica a realização de TC é obrigatória.
      A ressonância magnética está indicada na avaliação das complicações orbitárias e cerebrais, já que avalia com maior precisão as partes moles, tornando possível delimitar o processo infeccioso das estruturas orbitárias e cerebrais (periórbita, duramáter, etc). Pode ser utilizada ainda como recurso no diagnóstico
diferencial com processos neoplásicos e na suspeita de rinossinusite fúngica.

Tomografia de seios da face sem rinossinusite


Nível em seios maxilares


Atualização Terapêutica 2007









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