quinta-feira, 12 de abril de 2012

Apendicite


             A Apendicite Aguda é o exemplo clássico de abdômen agudo. Geralmente caracteriza-se por dor insidiosa, inicialmente difusa, mal caracterizada e torna-se localizada com a evolução do quadro. A localização da dor, geralmente, sugere o diagnóstico etiológico. Muitas vezes o paciente tem febre e sinais de irritação peritoneal na fossa ilíaca direita.
            O primeiro determinante da nossa conduta para confirmar o diagnóstico de apendicite é o sexo do paciente. Em mulheres temos que descartar anexite, que pode ser visualizada no US TV; o radiologista pode também realizar um US abdominal para visualizar o apêndice e assim completar a investigação. Em homens a cirurgia já pode ser indicada após história e exame clínico típico e um US pode ser feito em caso de dúvida diagnóstica.
              A Tomografia pode auxiliar quando há suspeita de apendicite complicada, ajudando, por exemplo, na visualização de um abscesso, como vi hoje na discussão do grupo do Abdomen.
          A Tomografia pode ser realizada com contraste via oral, ou endovenoso ou via retal ou sem contraste.
              Achados tomográficos:
- Distensão do apêndice ( > 8mm de diâmetro transverso).
- Espessamento da parede: espessamento mural, e se utilizarmos o meio de contraste endovenoso, observaremos a captação deste nas paredes do apêndice inflamado.
- Borramento da gordura adjacente.
- Sinal da ponta de seta: Caracterizado pelo desenho de uma ponta de seta na base de inserção do apêndice, em virtude do edema nesta topografia, em exames feitos com contraste retal.
- Líquido livre: Ocorrendo a perfuração do apêndice, o líquido em seu interior (pus) é derramado na cavidade abdominal, podendo produzir uma peritonite bacteriana.
- Abscesso: caracterizado por coleção líquida, realce marginal pelo meio de contraste endovenoso, muitas vezes bloqueado por alças adjacentes.

Apêndice normal


Espessamento da parede e borramento da gordura adjacente




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