A osteoartrose (OA)
é a doença articular mais freqüente, sendo a primeira causa de dor músculo esquelética.
De maneira simplista podemos compreender a OA como insuficiência qualitativa e
quantitativa da cartilagem articular associada a alterações típicas do osso
subcondral.
As articulações
mais freqüentemente acometidas são a metatarsofalangeana do hálux, mãos (interfalangeanas
proximais e distais e primeira carpo-metacarpiana), joelhos e quadris, além da
coluna vertebral.
OA de joelhos é
mais prevalente no sexo feminino e sabe-se que entre 50 e 60 anos, é mais
freqüente em negras do que em brancas. Além da forma idiopática, a OA pode ser
secundária a uma série de fatores como distúrbios genéticos relacionados ao
colágeno tipo 2, obesidade, cirurgia articular prévia, trauma articular
importante.
É importante
salientar que praticamente todas as pessoas apresentam sinais radiográficos de OA
a partir dos 65 anos, mas, a dor e a incapacidade funcional estarão presentes
em torno de apenas 10% dos indivíduos, ressaltando que a doença não é
conseqüência natural do envelhecimento.
Nos joelhos, os
pacientes queixam-se inicialmente de dor e instabilidade ao descer e subir escadas.
Quase a metade dos pacientes com OA de joelhos têm desvios articulares, sendo
mais comum o varismo decorrente da redução do espaço articular no compartimento
medial. Pode ser uni ou bilateral e é a mais relacionada com obesidade. Pode
acometer toda a articulação ou apenas um compartimento dela. O comprometimento
medial é o mais acometido (75% dos casos), seguido pelo patelofemoral (50%).
O sinal
radiológico clássico da OA são os osteófitos decorrentes da proliferação óssea
nas margens da articulação e a redução assimétrica do espaço articular ao lado
da esclerose do osso subcondral (acentuação da hipotransparência na região
subcondral). Com a evolução da doença podem surgir cistos (imagens
radioluscentes arredondadas na região subcondral) e deformidades ósseas. Deve-se
salientar que apesar da radiologia ter papel importante na avaliação
diagnóstica da OA, é muito freqüente a chamada dissociação clínico-radiológica,
ou seja, pacientes com grande comprometimento clínico e poucas manifestações
radiológicas e vice-versa. Esta dissociação é mais freqüente no esqueleto axial
e mãos e menos freqüentemente encontrado nas articulações do quadril e joelho.
Assim, o diagnóstico e o planejamento terapêutico da OA devem ser baseados quase
que exclusivamente no quadro clínico do paciente.
O American
College of Rheumatology determina para o diagnóstico:
· * Dor no joelho (critério obrigatório) mais
osteófitos no Raio x ou
· * Rigidez matinal < 30 minutos, mais crepitação
com a movimentação, mais idade > 40 anos ou líquido sinovial típico de OA.
Radiografia Joelho: osteoartrose
Figuras: http://www.core.med.br/casos.cfm
Apostila Medcurso
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