A Apendicite Aguda é o exemplo
clássico de abdômen agudo. Geralmente caracteriza-se por dor insidiosa, inicialmente
difusa, mal caracterizada e torna-se localizada com a
evolução do quadro. A localização da dor, geralmente, sugere o
diagnóstico etiológico. Muitas vezes o paciente tem febre e sinais de irritação
peritoneal na fossa ilíaca direita.
O primeiro determinante da nossa
conduta para confirmar o diagnóstico de apendicite é o sexo do paciente. Em
mulheres temos que descartar anexite, que pode ser visualizada no US TV; o
radiologista pode também realizar um US abdominal para visualizar o apêndice
e assim completar a investigação. Em homens a cirurgia já pode ser indicada após
história e exame clínico típico e um US pode ser feito em caso de dúvida
diagnóstica.
A Tomografia pode auxiliar
quando há suspeita de apendicite complicada, ajudando, por exemplo, na
visualização de um abscesso, como vi hoje na discussão do grupo do Abdomen.
A Tomografia pode ser realizada
com contraste via oral, ou endovenoso ou via retal ou sem contraste.
Achados tomográficos:
- Distensão
do apêndice ( > 8mm de diâmetro transverso).
- Espessamento
da parede: espessamento mural, e se utilizarmos o meio de contraste endovenoso,
observaremos a captação deste nas paredes do apêndice inflamado.
- Borramento
da gordura adjacente.
- Sinal da
ponta de seta: Caracterizado pelo desenho de uma ponta de seta na base de
inserção do apêndice, em virtude do edema nesta topografia, em exames feitos
com contraste retal.
- Líquido livre:
Ocorrendo a perfuração do apêndice, o líquido em seu interior (pus) é derramado
na cavidade abdominal, podendo produzir uma peritonite bacteriana.
- Abscesso: caracterizado
por coleção líquida, realce marginal pelo meio de contraste endovenoso, muitas
vezes bloqueado por alças adjacentes.
Apêndice normal
Espessamento da parede e borramento da gordura adjacente
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