O hepatocarcinoma é o tumor primário de
fígado mais freqüente, sendo o colangiocarcinoma mais raro. Em nosso meio, 80%
dos doentes com hepatocarcinomas, são portadores de vírus B ou C. Outro
possível fator causal seria a cirrose de etiologia alcoólica
Dor no hipocôndrio direito, aumento do
volume abdominal, hepatomegalia, febre, icterícia e ascite são os sinais e
sintomas mais freqüentes. A piora abrupta do quadro clínico de paciente
cirrótico pode ser a primeira manifestação de tumor hepático associado.
O acompanhamento de hepatopatas crônicos
deve ser realizado com ultra-som e alfa feto proteína seriadas a cada seis
meses, com intuito de diagnosticar lesões pequenas.
A imagem típica de um pequeno
hepatocarcinoma, menor que 3,0 cm, apresenta-se como lesão hipoecogênica,
homogênea e bem definida . As lesões maiores que 3,0 cm de diâmetro
apresentam-se geralmente hiperecogênicas e heterogêneas pela presença combinada
de necrose, hemorragia, gordura, fibrose e dilatação sinusoidal. Em alguns
casos, é possível identificar um halo hipoecogênico representando cápsula
fibrótica,
Uma das limitações do Ultra-som são os
fígados muito reduzidos e com nódulos de regeneração (comum em portadores de
cirrose alcoólica avançada), diferenciar um nódulo potencialmente maligno de um
fígado repleto de nódulos benignos é muito difícil - nestes casos, estaria
indicada a tomografia computadorizada. A possibilidade de utilizar a
ultrassonografia com tecnologia de doppler ou com contraste aumenta a
sensibilidade (capacidade de detecção) e especificidade (capacidade de
diferenciar nódulos benignos de malignos) do exame. Também permitem a
identificar a presença de invasão vascular, importante para a avaliação
prognóstica e definição de possibilidades de tratamento.
Figuras:
Figuras: